quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Tipos de formandos e suas características para o processo Trainee

Sempre estamos nos perguntando qual seria o perfil ideal para se "apresentar" durante um processo Trainee. Mas, antes de se discutir tópico tão relevantes como este, esquecemos também que existem diferenças entre os formandos e elas dão várias influências relevantes que surgem no processo de formação pessoal e atitudes diante de um processo de seleção.
Sempre estamos nos perguntando qual seria o perfil ideal para se "apresentar" durante um processo Trainee. Mas, antes de se discutir tópico tão relevantes como este, esquecemos também que existem diferenças entre os formandos e elas dão várias influências relevantes que surgem no processo de formação pessoal e atitudes diante de um processo de seleção.

O que seriam então estas diferenças? Não se pode deixar de falar que as influências externas são tão variadas que não conseguiríamos captar tantas variações entre os diferentes tipos de formandos. No entanto, podemos perceber que mesmo que estas diferenças sejam tão gritantes, existem posturas quanto ao conhecimento que foi adquirido durante a graduação.

Basicamente, podemos classificá-los de duas maneiras. Existem os que adquirem total confiança no conhecimento que tiveram na graduação e se consideram completamente aptos a enfrentar o mercado de trabalho. E existem também os que estão em dúvidas quanto ao conteúdo que absorveram e não dão total crédito às suas habilidades para enfrentar um mercado de trabalho com formações tão variadas e diferenciadas.

Mas o que esta diferença tem de importante num processo Trainee? Se partirmos do pressuposto que as empresas querem ou buscam pessoas com excelência no conhecimento, seja ele específico ou de forma mais ampla, essas duas posturas podem gerar diferentes percepções dos avaliadores e, portanto, geram resultados que podem não condizer especificamente com a pessoa que está participando do processo de seleção. Não basta apresentar no currículo com esta ou aquela experiência, este ou aquele curso, porque isto não nos dá nenhuma garantia de que o processo de seleção está ganho.

Parece que pode não existir diferenças quanto às variadas posturas no processo de seleção. Quando pensamos no primeiro caso, aquele que confia em seu conhecimento, ele possui uma vantagem que reflete particularmente na sua postura durante o processo. A ele, particularmente, conseguimos visualizar uma confiança generalizada que reflete diretamente na sua postura quanto à sua capacidade e isto pode ser uma diferença crucial quando acontecem empates ou dúvidas no perfil a ser selecionado. Aquele que confia naquilo que estudou tem confiança sobre as suas capacidades de realização e pode ser selecionado porque dá aos examinadores maior confiança quando estiver em momentos de crise (sejam elas externas ou internas). Não é à toa que o perfil de liderança não é aquele que conhece tudo sobre isto ou aquilo, mas aquele que gere dá confiança sobre o alcance de resultados.

Ao segundo, conseguimos visualizar o inverso. Existe nele a falta de confiança em seu conhecimento, que reflete sobre a sua capacidade de realização. Não que isto seja de todo ruim. Parece-nos também, nestes casos, que o formando possui a percepção sobre seus pontos fracos porque ele mesmo se questiona sobre o que está apreendendo nas aulas e consegue lidar, ou ao menos possui consciência - e isto é o mais importante -, de que a formação nas faculdades e universidades não lhes basta para enfrentar diretamente oponentes com experiências que às vezes nos saltam até como competições desiguais.

E o que nos salta aos olhos quando chegamos neste ponto da leitura? Parece que os perfis se complementam, ou seja, parece que cada vez mais podemos juntar as especificidades de cada um destes, selecionando aqueles que dão força especial a cada um destes formandos. Não que queremos dizer aqui que o perfil necessário é aquele que estamos apenas delineando aqui, porque não queremos e nem conseguiremos chegar a tal ponto.

É interessante notar que a pessoa que possui maior chance nestes processos longos e demorados são aqueles que possuem confianças em suas capacidades e que, ao mesmo tempo, não deposita total confiança em seu conhecimento. Até mesmo porque a confiança em suas capacidades mostra que ele tem uma formação destacada, que ele dá a devida força nas suas capacidades e que tem preparação para ingressar na empresa. Ele mostra que tem segurança para lidar com momentos difíceis e que não deixará que a dúvida atrapalhe o desenvolvimento dos trabalhos que serão realizados. A ele conseguimos dar um perfil de trabalhador efetivo, que possui a capacidade de se ater ao trabalho e conseguir produzir aquilo que dele esperamos.

Ao mesmo tempo, aquele que deposita certa desconfiança no que possui de conhecimento tem a capacidade de adaptação, a capacidade de aceitar novos conhecimentos e novas especializações que terão maior força na junção entre interesses da empresa e da própria pessoa que está no processo seletivo. A ele dão a capacidade de interesse em novos conhecimentos, a busca por desafios que trarão novas formações e novos conhecimentos e isso agregará tanto ao formando quanto à própria empresa. É a ele que a capacidade de "empowerment" tão aludida e tão fortemente pregada nos livros se adéqua com mais facilidade porque ele busca agregar nele os conhecimentos que a empresa oferece.

Portanto, a postura que varia dos "tipos de formandos" tem diferentes resultados num processo trainee. Não que haja garantia de que certa postura ou outra trarão os resultados esperados, longe disso. Mas saber que a confiança deve derivar das suas capacidades dá ao participante maior confiança sobre si e isso reflete na percepção das pessoas que selecionam. Aos selecionadores passam a garantia de que se o selecionarem, o novo trainee terá a capacidade de executar o que lhe será demandado. Ao mesmo tempo, certa desconfiança no conhecimento adquirido mostra que ele o trainee tem capacidade de discernir aquilo que aprende e sabe também selecionar o que se mostra útil no processo de aprendizado. A ele existe a percepção de que a formação não terminou ainda e que a empresa pode investir, pois ele saberá adequar o que aprende durante a sua formação à melhoria da empresa ao mesmo tempo em que cresce profissionalmente.

A busca de balanço entre estas duas características pode dar maiores chances aos trainees, e pode também mostrar que não é apenas a experiência que dá aos trainees as maiores chances no processo de seleção, mas também a capacidade de aprender e saber utilizar o conhecimento.

Henrique Almeida de Queiroz

Fonte: http://www.portaltrainee.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=79:tipos-de-formandos-e-suas-caracteristicas-para-o-processo-trainee&catid=39:artigos&Itemid=66

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